a in.continência do verbo







galopam os olhos quais corcéis bravios
sobre páginas e verbos e frases e códices
que as musas esqueceram sob o balcão
das donas .sortilégios famintos cobertos
de vozes elevam-se morrentes como
cantores de memórias na cumplicidade
de um sorriso que se propaga em tempo
de a-deus .o poema arrisca-se entre
o apagar e o correr numa in.constância
de cinzas .avivam-se as chamas e o vazio
acresce uma gotícula ao pensamento .outra
apronta-se ao longo da espera .não faz
sentido a partida .ser um pouco mais do
mesmo .a matéria bruta agita-se .rasga-
-se num olhar de alto e tudo se esvai
putrefacto o idílio
.abrando a forma de dar uma nova substância
à des.construção da frase e entre o fio
angular e o seguir o melro encostado à parede
opto pelo grito .des.leio os alicerces e atravesso
a in.continência num lírico peditório







caras ionut