a transgressão do jogo como hora ou limite







Margarita Georgiadis







sem legendas concebe-se o último rogo
dos mortais .omissos em confidências
.em trâmites des.ordenados onde as palavras
gastas e inúteis
perdem-se no labirinto das memórias
não (con)sentidas .um olhar mutante .um
esgar mortífero .turva a fadiga exaurida
ao segundo .e na geometria da dor os
lamentos são microcosmos em fim de
prece .de nada servem as desculpas dos
omissos .as ausências petrificadas no efémero
da vida .prosaica ao rasgo a lucidez admitida
como in.consciência .no jogo ávido da
barbárie transgride-se ao limite e
longe ou perto o negro da afronta alberga
a face no silêncio dos contrários