no recomeço proibitivo das metáforas







Kilian Schoenberger







de mordaça breve o retardamento
da metáfora na ceifa que se quer
primeira .teia de folhas encriptadas
pelo levante circundado o momento
de deixar o assombro ao sabor do luto
.uma mão circula num gesto enquanto
a outra conduz ao sentido da insolência
não (con)sentida de um texto que se quer
menino escondido na sombra avulsa de
um equívoco .tudo se perde .tudo se
consome em pretéritos e presentes
quando cegos os lutos .e se
a mordaça retarda a ceifa a metáfora
planteia o dogma de um advir aquém
soluço como anástase de um arganaz
silêncio
assim o modo de enviuvar o futuro