despeço-me devagar mente do Inverno molhado







rodolfo ledel







des.confio em compasso de não o primeiro sinal de sol .vertigem capitular da terra em demolha cerrada .chove  no apagar do dia no acender a noite no sobressalto do mar .depuração de vagas .amarras quebradas .gentes sofridas .e o cinzento plúmbeo enjeita a razão que se despede em envelope selado .é este o capítulo cruzado no beijo dos anjos
despedido o Inverno .Leviatã aquece o vinho e eu esventro
o mistério do tempo que teima em tributar a chuva