a dúvida e o contraditório







rodolfo ledel







e agora? que faço da água que me tem escrava do ser-maré? do vento-ladrão? da chuva que em profundo des.acerto incita o meu regresso ao útero-materno? vigio a presença do breve e se escrevo logo aponto os dedos para o cursor molhado .cercam-se os ritmos e as bátegas conflituam a vigília que se quer já seca .até o parêntese .apesar de breve .apesar de logo se exigir a rendição da chuva .desisto .melhor assumir a queda de água como um prenúncio
breve de uma razão maior .um aceitar a borrasca como um bem necessário
.porque não malsão?