um a-deus marinheiro







a-deus velho marinheiro
escrevinhador de silêncios que nas
ondas concebes uma forma outra de soletrar
o mar .a-deus sorriso largo sombreado na
cartografia das expectativas e nos restos
salgados de uma referência outra .a-deus
parágrafo amante a que o tédio resiste na
nudez e na inquietude dum verso .a vós cujo
segredo tarda o sono dos incautos um até
a-manhã amadurecido em nota de rodapé
.há pressa de partir no resguardo de um
olhar cujo ritual se inscreve no húmus
fétido de um alagar o Ser
.afinal para que servem as palavras?







pavel guzenko