a dúvida e o contraditório







e agora?
que faço da água que me tem escrava do Ser-maré?
do vento-ladrão?
da chuva que em profundo des.acerto
incita o meu regresso ao útero-materno?
vigio a presença do breve
.se escrevo
aponto os dedos para o cursor molhado
.cercam-se os ritmos
.as bátegas conflituam a vigília que
se quer já seca
.até o parêntese .apesar de breve .apesar de
logo se exigir a rendição da chuva
.desisto .melhor assumir a queda de água
como prenúncio
breve de uma razão maior
.um aceitar a borrasca como um bem necessário
.porque não malsão?






monika serkowska