despidos os cardos







na boca do tempo há uma secura
que mata quando se sujam os
panos .se despem os cardos .se abusam
as mulheres na cegueira miserável dum
apostar o ódio .e da matilha desenhada a
ponto-cruz adorna-se a pequenez selvagem do
cinismo .é no lixo que o silêncio se compra
ferrado o antídoto .cegam os olhos
.resvalam as cabras na subida do monte
enquanto o resto
- despida a vergonha -
mora no lado negro do esquecimento






pavel guzenko