a perenidade da dúvida







é no defeso singular de um arrastar sibilos
que as mãos se enganam em precária e
conflituante tensão .dissimulam-se ora
famintas ora veladas num esquecer ariscos
.rendem-se ao amor .envolvem-se num acoitar
de corpos .devem-se no pautar o beijo .esquivam-
-se e no gravar o combate entre a inquietude
e a errância acomodam-se num prolongar as
horas dedicadas aos a-deuses esgotados
.esquivam-se em resiliências cultivadas .talvez
demais







pavel guzenko