a fuga







abandonar
o sobressalto equidistante
ao reflexo do húmus .depois .só
depois a denúncia da fuga .o
engolir a lágrima no mastigar o
pão acesa a impotência de um
voltar atrás .ao tempo das letras
emprestadas .do periférico como
saudade desenhada a giz .um fugir
ao des.conforto das horas mortas
com os dedos estendidos à navalha
.lá fora jaz o agravo dos mortos-vivos
sob a complacência dos impotentes
.um pouco mais de Ser exige-se
no entendimento entre os homens
e os bichos






pavel guzenko