na mutação das horas e dos minutos







Margarita Georgiadis







quedam-se as mutações dos adornos nos
movimentos das aves esgotadas
as argúcias e os dedos da morte .um rio
de saudade inscreve-se nas faces e
na pauta das metáforas
encriptam-se os modos de vivenciar as
manhãs cobertas de esperança .há
vestígios de ardis escondidos sob as
pedras e a irreverência dos novos infantes
sugam os ossos enquanto os abutres
celebram as desistências maternas .não
há espaço para os erros .não há
.conquanto frágeis
os augúrios inscrevem-se
irreverentes
num outro futuro