despeço-me devagar mente do Inverno molhado







Volodya Kenarev







des.afio em compasso de não
o primeiro sinal de sol
.vertigem capitular da terra
em demolha cerrada .chove 
no apagar do dia
.no acender a noite
.no sobressalto do mar
.depuração de vagas
.amarras quebradas
.gentes sofridas .e o cinzento
enjeita a razão que se despede
em envelope selado
.é este o capítulo cruzado
no beijo dos anjos
despedido o Inverno
.Leviatã aquece o vinho
.eu esventro
o mistério do tempo que
teima em tributar a chuva