à proa de um barco imaginário







lucio ranucci







deambulei ao ritmo alucinante do vazio à proa de um suposto barco cujo arpoar me é chegada em tarde plúmbea .vaticinei fluentes e derrames ao capricho de um brincar ao esconde-esconde que ora acolhe ora rejeita em jogo de resguardos certa que é na alquimia dos sobressaltos que me deixo afrontar pelo levante de ramos e remos cuspidos pela tormenta .náufragos de um desfazer cegueiras assentamo-los mar-adentro enquanto mar-afora a destruição
arvora gargantas onde a morte arroja