tão efémero quanto supra







laura makabresku







estou morto .repetes todos os dias à mesma hora na ousadia de um passado de amantes devolvidos à ascese pendular dos silêncios .sabes-te em corpo nu como supra-memória de um efémero eco .fechas os olhos .estendes as mãos .penduras a roupa na cabeça de um fósforo e como ressonância de um Ser-em transformação aventuras-te ao encontro de uma nova síntese dissonante
na certeza de um texto placentário que te tem como antítese