o a-deus mais logo







laura makabresku







amanhã quando voltar a anunciar o re.começo dos dias átonos não sei se morrerei na dúvida perene das palavras debitadas ao acaso .outrora sim .houve mapas abandonados sobre os murmúrios e falas espargidas ao sabor de falsas muralhas rasgadas pela subtileza do não .o tempo foi de lonjuras enquanto sobre a mesa o cálice a.guardava a tardança das noites brancas
eu dançava no meio do silêncio .tu refazias um outro movimento anterior à voz
quando por fim o poema se sentou ao nosso lado deixámos prevalecer as sombras
na curva lasciva de um a-deus mais logo